A Roleta
A Roleta
Não foi sempre assim o rumo da órbita,
O teu sapato alto fazia companhia aos meus passos,
E tua blusa cor de vinho,
Era o conforto e meu regaço,
Fazia a magia no meu olhar,
A noite aquecia entre os lençóis,
O dia acordava claro, e o teu brilho
Era de amar,
Tal era a luz, da manhã,
Do meu sol, da tua fruta, minha sertã.
É esse o quadro,
A aguarela do meu mundo,
É essa a sina,
Ora na crista da onda,
Ora mergulho e vou ao fundo,
O clamor dos meus versos é um grito surdo,
E o meu dia á uma roleta,
Ora sai o prémio,
Ora perco tudo.
Nenúfar 10/7/2009