NO SILÊNCIO DA NOITE.

Baladas da meia noite.

Tocam no sino da igreja,

Muitos se encantam no açoite,

Outros relembram o dia de peleja.

No sino tocam as doze baladas,

A morena o rosto cobre

Fala palavras, mas são caladas,

De um dia quase nobre.

No pátio late o cachorro,

Lembrando ou sonhando,

Com um filme do zorro,

Mas os vizinhos vai ele acordando.

Bom é padeiro, manso

O pão está amassando.

Comeu a carne do ganso

Que a patroa estava esperando.

A noite vai se enfadando

Para um sono vou começar.

Não sei como e quando

Vou este poema terminar.

JOSÉ CARLOS DE BOM SUCESSO
Enviado por JOSÉ CARLOS DE BOM SUCESSO em 12/07/2009
Código do texto: T1695558
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