NO SILÊNCIO DA NOITE.
Baladas da meia noite.
Tocam no sino da igreja,
Muitos se encantam no açoite,
Outros relembram o dia de peleja.
No sino tocam as doze baladas,
A morena o rosto cobre
Fala palavras, mas são caladas,
De um dia quase nobre.
No pátio late o cachorro,
Lembrando ou sonhando,
Com um filme do zorro,
Mas os vizinhos vai ele acordando.
Bom é padeiro, manso
O pão está amassando.
Comeu a carne do ganso
Que a patroa estava esperando.
A noite vai se enfadando
Para um sono vou começar.
Não sei como e quando
Vou este poema terminar.