Marcas do tempo

Esther Ribeiro Gomes

Quando um amor vai embora,

vem a dor, dilacerando a alma...

Foi o que aconteceu um dia,

quando aquela porta se fechou.

O mundo desmoronou à minha volta,

a revolta desfez toda a ilusão

e chegou a tristeza, rasgando o coração!

Aí veio o tempo, esse sábio senhor

e devagarinho foi curando a ferida,

com seu poder mágico e devastador!

Sem perceber, fui resgatando minha vida

e, aos poucos, recuperei a lucidez...

De repente, estava sorrindo outra vez!

Mas as cicatrizes eu guardo comigo,

bem no fundo do meu coração!

São as marcas do tempo,

indeléveis e invisíveis...

Uma dor só minha, nesta triste solidão!

O tempo, esse bálsamo divino,

acalenta minha alma sofrida

dos desenganos desta vida...

Levanto a cabeça, sem olhar para trás

e caminho pela estrada, sem medo de nada.

Chegou a hora de desfrutar a paz!

Esther Ribeiro Gomes
Enviado por Esther Ribeiro Gomes em 10/07/2009
Reeditado em 01/08/2011
Código do texto: T1692866