Poesia minha...
Lampejo em seus olhos como suas mãos acariciam
A metade de mim que é sua e a outra.
Sinalizo pedaços que caem
E os que nunca serão colhidos na bandeja
Das indiferenças.
Esboço um abraço que é seu
Por não ter nunca encontrado tão perfeito encaixe
Nos outros braços que enlacei.
Focalizo um seu limite
No escuro que transformo a seu grado,
O bom suspiro que me entorna alegria
Quando te odeio e te amo
Em correta face harmônica.
E breve é o acolhimento de suas mãos
Na tarde que agoniza folheando o mapa do destino
Em um temporal que cai
Mais fora do ar, que a gota silenciosa.