Acima da conta...
Mais que nunca eu me queixo
Deste trabalho em excesso...
Da minha vida eu me desleixo,
Sem atenção meu amor eu deixo...
Urgente, preciso de um recesso!
Mas recesso não é coisa à toa
Que de pronto se consiga...
Quando da fábrica a sirene soa
Os operários saem numa boa
Mas pra mim ela diz: “Prossiga!”
Ora, vejam que não é normal
O que é demais cheira mal
Tantas horas a trabalhar!
Mas o que posso eu fazer?
Não tem como me esconder
E o que faço, abandonar!...