INTERIORmente...
Dentro de mim
letras de vidro
expressam meu ser,
como colcha de retalhos
contam minha história
traçam meus eus,
alinhavam minhas idéias
minhas fissuras,
costuram farrapos
meus trapos
ancorados em ondas
de sonhos,
levados, repetidos,
repartidos, repisados...
no ir e vir
me escondo,
me mostro,
me acendo e apago,
cicatrizo dores com
gritos em compressas,
em feridas latentes,
abertas
em assepsia
de dores diversas
no escuro de meu
eu.