Um Dia
Um dia atípico da atipicidade paulista.
Tudo ocorreu dentro dos planos.
Sem muitas surpresas ou frases imprevistas.
Um dia com uns amigos,
Poucos, mas importantes.
Um dia sem tédio, mas sem nada interessante.
Hoje foi um dia nada especial.
Foi um dia tão comum, sem nada de anormal.
Hoje foi um dia pra tocar violão.
Aprender música nova e mudar uma canção.
Hoje foi um dia de olhar para o aquário.
Imaginar todo um cenário.
Ver a tartaruga pegando peixinhos,
Deitado na cama cantando baixinho.
Foi dia de deixar a janela aberta,
De sentir o vento entrar.
Foi dia de deixar a TV desligada
De não parar pra pensar.
Foi dia de criança,
Foi dia de sonhar.
Hoje guardei segredos,
Prometendo não contar.
Foi um dia sem mentiras,
Isso eu não quis variar.
Hoje foi um dia de olhar pro guarda-roupas
E os bichinhos pendurados.
De olhar pra o telefone e deixá-lo desligado.
Hoje foi dia de deixar a luz acesa,
De esquecer a carteira sobre a mesa
Com uma poesia dentro dela.
Hoje foi dia de não pensar em você,
Mas não foi dia de esquecer.
Foi dia de querer.
Querer deixar os problemas de lado
E dizer que tudo foi relevado.
Hoje foi dia de relaxar.
Hoje foi dia de dar presente:
Um chocolate que estava carente
E quis à poesia acompanhar.
Hoje foi dia, hoje foi noite.
Hoje é hora de dormir!
Hoje foi dia de muitas coisas,
Mas a principal foi te ver sorrir!
Walter Vieira da Rocha, 8 de julho de 2009 às 03:00Hs