Lágrima
Esther Ribeiro Gomes
Na fazenda do meu avô,
nas noites enluaradas,
havia lindas serestas
que iam até de madrugada!
O céu salpicado de estrelas,
o luar de prata brilhante,
ar puro, tão refrescante...
Tudo parecia encantado!
Tinha grandes cantadores,
desafio de trovadores,
recital de poesia,
a vida era só alegria!
Hoje ficou a saudade,
de um tempo que já se foi...
Só restaram as lembranças,
guardadas no coração...
O resto foi tudo ilusão!
Quando a saudade me invade,
vou buscar meu violão
e canto Luar do Sertão...
Desculpe, não pude evitar,
uma lágrima na face rolar...