NAS ESTRADAS DO AGORA
É nessa hora que minha alma chora.
Ela estranha os caminhos de agora.
Esteve em campos de flores, em metrópoles.
Minha alma é uma peregrina neste mundo.
Ela sofre porque vai ao fundo.
Fica fascinada.
Encantada.
Vê o sonho virando nada.
Não se cansa dos caminhos.
Dos espinhos.
Sabe voar quando um obstáculo grande precisa ultrapassar.
Minha alma é uma menina sapeca.
Danada da breca.
Pode chorar sem parar.
Que no momento seguinte pode estar a gargalhar.
Não é de guardar coisas que o tempo vai mesmo levar.
Só quer poetar, divagar, viajar.
Minha alma só quer amar.