Reminiscências
Um dia, estava eu de alma vazia,
pensando em como seria bom
se a morte me visitasse...
Escrevi então, meu epitáfio,
nele dizia o que gostaria
fosse grafado nele quando desta partir.
Recebo então um poema testamento
que fez meu coração mais forte bater,
trouxe-me um sopro de alento...
Uma alma que sofria tanto quanto a minha
e por isso mesmo devia ser romântica e sensível também;
respondo a esse testamento com meu epitáfio,
a resposta que tenho é gentil e distante...
Volto ao meu mundo de antes
nem pensava mais nesse ser
quando um dia ele me aparece
e sem mais nem menos
diz que me ama à distância há tempos
sem eu saber.
Eu já descrente da vida,
duvidando de amores tão repentinos,
acabo aceitando à corte;
temos nosso primeiro desentendimento
e quando menos espero
eis que ele mexe com todas as fibras de meu ser
com seu: EU TE AMO, NÃO VIVO SEM VOCÊ....
Confesso que balancei,
meus planos e conceitos revisei...
Questionei se não valia a pena
uma vez mais crer e sonhar...
Acreditei,
Muralhas da China,
por ele derrubaria,
faria noite virar dia...
Contudo,
ele não não suportou o primeiro obstáculo,
e me provou mais uma vez
que amores tão longe,
firmes, duradouros e verdadeiros,
não são fáceis de existir;
que o amor próprio fala mais alto
que qualquer sentimento...
Eis-me de volta ao ceticismo em que antes vivia.
Só lamento que o amor que ele jurou-me
não foi forte o suficiente para me reter e convencer
de que a mim ele amou de verdade,
que apesar de toda maldade,
contra tudo e todos,
LUTARIA.
Volto hoje a vida vazia,
mais descrente e cética do que já era,
pois os homens no geral ainda não aprenderam
o verdadeiro significado da palavra
AMOR!