Reminiscências

Um dia, estava eu de alma vazia,

pensando em como seria bom

se a morte me visitasse...

Escrevi então, meu epitáfio,

nele dizia o que gostaria

fosse grafado nele quando desta partir.

Recebo então um poema testamento

que fez meu coração mais forte bater,

trouxe-me um sopro de alento...

Uma alma que sofria tanto quanto a minha

e por isso mesmo devia ser romântica e sensível também;

respondo a esse testamento com meu epitáfio,

a resposta que tenho é gentil e distante...

Volto ao meu mundo de antes

nem pensava mais nesse ser

quando um dia ele me aparece

e sem mais nem menos

diz que me ama à distância há tempos

sem eu saber.

Eu já descrente da vida,

duvidando de amores tão repentinos,

acabo aceitando à corte;

temos nosso primeiro desentendimento

e quando menos espero

eis que ele mexe com todas as fibras de meu ser

com seu: EU TE AMO, NÃO VIVO SEM VOCÊ....

Confesso que balancei,

meus planos e conceitos revisei...

Questionei se não valia a pena

uma vez mais crer e sonhar...

Acreditei,

Muralhas da China,

por ele derrubaria,

faria noite virar dia...

Contudo,

ele não não suportou o primeiro obstáculo,

e me provou mais uma vez

que amores tão longe,

firmes, duradouros e verdadeiros,

não são fáceis de existir;

que o amor próprio fala mais alto

que qualquer sentimento...

Eis-me de volta ao ceticismo em que antes vivia.

Só lamento que o amor que ele jurou-me

não foi forte o suficiente para me reter e convencer

de que a mim ele amou de verdade,

que apesar de toda maldade,

contra tudo e todos,

LUTARIA.

Volto hoje a vida vazia,

mais descrente e cética do que já era,

pois os homens no geral ainda não aprenderam

o verdadeiro significado da palavra

AMOR!

Vanderli Medeiros
Enviado por Vanderli Medeiros em 14/05/2005
Código do texto: T16848