DESENCONTRO
Faço perguntas a Alguém que não sei,
Farta de tantos falares e conceitos ao léu...
O que mais quero, se tudo que tenho me parece nada?
Como o absurdo de desejar o que nem sei o que é nem onde está?
Há muito espero as outras faces das coisas e da sorte,
Embaralhadas às faces que descubro em mim mesma...
E que me assustam!
Em algum canto existirá uma alma que faça eco ao meu chamado? Que verdades preciso perseguir, que vias por onde caminhar?
Como apagar mentiras que soube em veredas e vielas tantas,
No desvão da vida e no entreforro dos dias?
Já me desvencilhei dos medos, já me impus ausências...
Estou só mas sem liberdade, escrava eterna da procura...
Ouso deixar meu coração aberto, sem temer feridas...
De que vale a vida não fora a emoção das chances?
Faço-me forte diante do mundo
Porque estou farta do desencontro absurdo
E até farta de me fartar!
Mas fraquejo na empreitada que parece infindável...
Quase ao topo, escorrego, como Sísifo.
Em tudo.
Mas estou cansada de te buscar, Amor!
Esperança se depositando a cada momento num ponto,
Ansiando por teu encontro...
Em segredo compondo tua imagem,
Tentando estar diante da tua mira...
Ter o coração flechado junto ao coração de Alguém!
Ah, Amor que há tanto espero e há tanto tarda...
Quando voltarás a me revisitar?
Quando serás definitivo e completo?
És mentira também?
Não existes?
Bate...
Bate à minha porta, Amor, como tenho sonhado!
23/out/ 2004
imagem: Molinos de viento en Campo de Criptana (Espanha),foto de Lourdes Cardenal
Faço perguntas a Alguém que não sei,
Farta de tantos falares e conceitos ao léu...
O que mais quero, se tudo que tenho me parece nada?
Como o absurdo de desejar o que nem sei o que é nem onde está?
Há muito espero as outras faces das coisas e da sorte,
Embaralhadas às faces que descubro em mim mesma...
E que me assustam!
Em algum canto existirá uma alma que faça eco ao meu chamado? Que verdades preciso perseguir, que vias por onde caminhar?
Como apagar mentiras que soube em veredas e vielas tantas,
No desvão da vida e no entreforro dos dias?
Já me desvencilhei dos medos, já me impus ausências...
Estou só mas sem liberdade, escrava eterna da procura...
Ouso deixar meu coração aberto, sem temer feridas...
De que vale a vida não fora a emoção das chances?
Faço-me forte diante do mundo
Porque estou farta do desencontro absurdo
E até farta de me fartar!
Mas fraquejo na empreitada que parece infindável...
Quase ao topo, escorrego, como Sísifo.
Em tudo.
Mas estou cansada de te buscar, Amor!
Esperança se depositando a cada momento num ponto,
Ansiando por teu encontro...
Em segredo compondo tua imagem,
Tentando estar diante da tua mira...
Ter o coração flechado junto ao coração de Alguém!
Ah, Amor que há tanto espero e há tanto tarda...
Quando voltarás a me revisitar?
Quando serás definitivo e completo?
És mentira também?
Não existes?
Bate...
Bate à minha porta, Amor, como tenho sonhado!
23/out/ 2004
imagem: Molinos de viento en Campo de Criptana (Espanha),foto de Lourdes Cardenal