AS VELAS DA POESIA
As velas da poesia
Seguram as luzes bailando nas nossas retinas
Na penumbra nos descobrimos
Longe das convenções
Próximos da loucura
Da incoerência
Da insensatez
Mas é só hoje
A taça de vinho é o oceano do prazer proibido
Enfim alcançado
Ninguém nos vê
Nem sente o gosto envenenado do beijo
Mas é só este
O vento carrega as chamas
Ficamos os dois
mas é só agora
No momento sagrado da completude inimaginada
Não sei mais quem sou
Em mim corre a dor de Florbela
Em amor namorada
Tuas mãos na cintura marcando o ritmo da emoção
Aceito as velas da poesia
Ao vento da imaginação
Mas só isto