Delirante
Folheio as folhas do livro
Com pálpebras silentes
Ao longo de cada verbete
Uma baliza diferente
ascende um aroma de sangue
no acuado verso delirante
Nos derradeiros séculos
nenhuma novidade errante
no estampido a bala no peito
Ledos dias existem
é certo só na imaginação
Razão da esperança
dos poetas tristes
O oceano da história
é tumultoado por conspirações
Dos prenúncios as guerras
Ao cruzar ao meio
Geleiras de sonhos dominantes
Nas ondas certeiras
Uma dor lancinante.
HERR DOKTOR