Delirante

Folheio as folhas do livro

Com pálpebras silentes

Ao longo de cada verbete

Uma baliza diferente

ascende um aroma de sangue

no acuado verso delirante

Nos derradeiros séculos

nenhuma novidade errante

no estampido a bala no peito

Ledos dias existem

é certo só na imaginação

Razão da esperança

dos poetas tristes

O oceano da história

é tumultoado por conspirações

Dos prenúncios as guerras

Ao cruzar ao meio

Geleiras de sonhos dominantes

Nas ondas certeiras

Uma dor lancinante.

HERR DOKTOR

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 03/07/2009
Reeditado em 04/07/2009
Código do texto: T1681157
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