MOTE: LIBERDADE

Citação:Thomas Mann, in "Doutor Fausto
“A liberdade conduz sempre à reviravolta dialéctica: Muito cedo, reconhece-se na delimitação, realiza-se na subordinação à lei, à regra, à coacção, ao sistema; converte-se nisso, o que não quer dizer que deixe de ser liberdade.”

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Nas tábuas da lei, Abraão recebe
os mandamentos.
Deus não fala em liberdade.
Mas subentende-se,
que o livre arbítrio
será dado ao homem 
para conduzir a sua vida.
Ser livre é um sonho humano.
e vai para além de simples palavras.
O homem sonhou ter asas.
Vamos entender esse desejo
Essa aspiração
Essa prodígio que o ilusiona
que o fará adejar pelos céus ligeiro
Quimera antiga, olha os pássaros
e desejaria ter assim esse poder….
Mas a realidade é que o homem não é livre
Jesus  afirmou-o 
quando lhes quis dar a liberdade
”conhecerão a verdade e ela vos fará homens livres”
porque só a verdade liberta
dos vícios e preconceitos
que o homem contrai.
libertar-se do sentido da culpa?
Ter o poder para escolher?
Ter auto domínio?
Ser perdoado?
Perdoar e amar o próximo?
Ter a paz de Deus?

Liberdade é subjectividade
E só é livre
quando através das suas forças
descobrir a objectividade

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A viagem
Na fascinação de uma poesia
procurei a minha inspiração
de liberdade, de amor e de vida
Aliei-me com o tempo
Nele busquei  confiança
Mas a minha aventura foi represada
Nessa existência da veracidade
não atinei com a alforria
achei-me como errante
cativa e acorrentada
Ah! mas colhi conhecimento
De certas farturas
o tempo deu-me tempo
para aprender a lição
Tive à mão a realidade
 mas o vento a arrebatou
Agarrei-me e ele levou-me
na senda dessa autonomia
que nem ele era possuidor
nessa trilha de muitas insígnias
e esse meu sonho antigo de ter asas
vivi-o nessa fantasia
agarrada ás asas do vento
corri mundo tantas belezas
emaranhei-me nas areias do deserto
experimentei essa aridez
quando o vento aquietava
mas não o perdia de vista
de repente ele levantaria
contemplei mares e vastidões
 rios abundantes e excitantes
vi multidões singulares
linguajar de espantar
e na procura da emancipação
choquei com as ambiguidades
o vento deixou-me desconjuntada
de tanta volta que dei
de tanto tombo que dei
desmontei de vontade
voltei á minha subjectividade
teimando nessa ilusão
encontrei tudo como estava
o sol espreitava do mesmo lugar
 ninguém se espantou quando cheguei
nada mudara
nem fortuna nem ventura
enfrentei então o real
e repousei no areal
(bem dele estava precisada)
da praia da minha existência.
Onde persistiria em encontrar
A minha liberdade, o amor, e a vida.
de tta
09~07~03
Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 03/07/2009
Reeditado em 03/07/2009
Código do texto: T1680130
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