OUTONO
Precursora do inverno rigoroso,
Vem mansinha qual uma leve brisa,
Derrubando as folhas já cansadas,
E as flores que não tem mais perfumes,
Adormecem seus encantos para uma nova estação.
É assim a estação intermediária,
Do verão sufocante e chuvas copiosas,
Que dão vitalidade à plantas exauridas,
Muitas vezes pela seca prolongada,
Matando vidas sedentas de água.
Outono que derriça as folhas quase sem viço,
Desnudando os galhos de árvores majestosas,
Parecendo até envergonhadas de sua nudez,
É no entanto a estação preparatória,
Para novos encantos que após o inverno irão surgir.
Dormências irão acautelar as plantas desnudas,
Num revigorar para deslumbramentos mais adiante,
Pois se as energias tiraram viços que estão morrendo,
É um hibernar para um descanso tão justo.
Pois mostraram encantos nas flores perfumadas.
Natureza sábia que sabe retemperar suas estações,
Não deixa escombros após todas as jornadas,
E a primavera é um ressurgir das vitalidades adormecidas,
Que o outono embalou como uma criança que acorda,
E depois espalha sorrisos que encantam todos em volta.
Jairo Valio
02-07-2009