Preciso de perdão.
Uma caneta irriquieta
Na mão desse poeta
Buscando a palavra certa
Que justifique o amor
Que faça jus ao carinho
Colhido ao longo do caminho
Entre pedras e espinho
No silencio de uma dor.
Parado numa encrusilhada
Nessa triste e fria madrugada
Sentindo o fim da cavalgada
Que transportava a esperança
Eu preciso achar um jeito
De ter de novo o direito
Encontrar o sorriso perfeito
Que só existe numa criança.
Eu quero uma nova estrada
E a minha alma renovada
E a brisa dessa alvorada
Envolvendo o meu coração
Quero de volta a paz que eu tinha
Não quero a minha vóz sosinha
E por onde a minha alma caminha
Eu grito que preciso de perdão.