HUMILDADE
Luzia Santa imagem distinta
Sempre soube de tua bondade,
Nunca pertubei o sonho erguido
De vê-la linda no altar ao lado.
Sei que não sou uma boa pinta
Que os anos receitou-me saudade,
Mas na peleja do que hei sofrido
Nas sombras de um tatear cansado.
Resta-me a esperança, meu consolo
De oferecer-lhe a fé deste humilde ser,
Pois tudo em mim é pobre, muito pobre.
O lamento é maior que o homem,
Não imprta que o mendigar do tolo
Sirva de risos para quem pode ver.
O que espero neste misticismo nobre
É o clarão que aos meus olhos tornem.