UM SONETO PARA MACHADO DE ASSIS
Oh! flor do céu! Oh! Flor cândida e pura!
Nesta vida de enganos ca estou
A querer colher-te minha amada
Beijar-te oh flor! a boca púrpura
Se negas meu amor, linda donzela
Serei homem sem rumo, na procela
E na tua ausência, serei nada
Toco de sebo, vela apagada
No teu altar, pedinte vou rezando
A sussurrar baixinho o teu nome
Sem saber se ouves, esperando
Vivo inda agora no passado
Acreditando que me queres muito
Perde-se a vida, ganha-se a batalha.