Vamos deixar para lá
Quero escrever de repente;
Quero falar do que se sente;
Quero comentar sobre a serpente,
E vomitar os males da alma e da mente.
Quero ser assertivo no contorno;
Quero gritar o calor e o gelo, não ser morno;
Quero falar da vide e seu tempero;
Quero ser em palavras... Inteiro.
O pobre homem não vive sem a dor;
O pobre homem não vive sem calor;
O pobre homem sente, e só então segue enfrente;
Ó pobre homem! Sem amor.
A alma vira e se revira sem entender;
A vida segue e se persegue sem saber;
As coisas mudam, quase sempre sem direção,
Pois cada um segue seu próprio caminho vão.
Entre os distintos não existe espaço vago;
A uma energia semelhante que nos mantém atados;
Então se corrermos um para cada lado,
E a força exercida for equivalente...
Pobres estagnados e contentes!
Se entre as partes existe uma ligação,
E tudo é uma só vida em conexão;
Vamos deixar para lá a ganância e a ambição,
Pois como posso chegar à frente de mim mesmo então?