Cá deste ouro, corrente!

olha que de belo cá temos

donde se juntam amigos & amigas

feito o vento naquela curva

traz para falar da vida

desta e outras que se principiam

olha, que entre belos e malvistos

vem a fala do coração solerte

rasga o verbo entre malditos

pela sanha que rasga a pele

desta sede que me impele

entre o ter e precisar, sem ser

um alucinado pelo vil metal

olha que a tarde se faz em chuva

pode até ser um raiar de sol

a lágrima da vida decepada

na torrente do ostracismo

mira a verve que te fala adiante

o medo que empala a tez

na gema que vinga o errante

olha tantos poetas distintos

um grito quase noturno

contra a submissão do coturno

tirai a linha para novas canetadas

dos agregados de gabinetes inertes

legalistas das próprias regalias

o ouro que pesa feito farsa

afasta o coração natural e pune

brilharecos e festins pela noite

tantas costas latejam nos açoites...

A estrela da manhã indica o caminho da Ilha...

Correntes que debandam do castelo.

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 01/06/2006
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