Poeta do Subúrbio
É hora de expressar
O meu recado,
Filho de sofridos
Cresci como um coitado.
Mas como um guerreiro
Nunca deixei de lutar.
Aprendi, venci,
E fui tentando me encontrar.
Caindo e levantando
Enganei o meu destino,
Fui homem de verdade
Na grandeza de um menino.
Criado no subúrbio
Com a pobreza do meu lado,
Preto, pobre,
Poeta e favelado.
Sempre acreditando
Busquei minha verdade,
E nos becos do subúrbio
Adquiri maturidade.
A cada erro
Um novo aprendizado;
Vivendo e aprendendo
Mesmo sendo humilhado.
A cada cicatriz
Uma medalha escancarada,
Fazendo das mazelas
Uma piada a ser contada.
Hoje tenho orgulho
Dos caminhos já andados,
Sou preto, pobre,
Poeta e favelado.
Eriberto 24/05/2009