RIO CACHOEIRA DE HOJE
Em minha mocidade
Era uma festa transitar
De cidade em cidade
Para o rio admirar
Cheio e caudaloso
De águas límpidas em pureza
Dele peixe grande e saboroso
Vinha limpo à nossa mesa
Hoje o povo ribeirinho
Vive triste a lamentar
Chora sua dor de mansinho
Sem ter o que pescar
O Rio pede urgência
Para suas águas salvar
Mas o descaso e a incompetência
Vem de contínuo ignorar
Ele riacho virou
Causa-nos tristeza e dor
Do mau-trato, também, sobrou
Um insuportável odor
Queria voltar nos anos
Para ver meu Rio potente
Livre dos crimes insanos
Do homem impenitente