O POETA E AS BORBOLETAS
Veja, Marina,
Que belas borboletas passam voando,
Passam sem rumo esses errantes bandos...
Talvez vão para o norte.
Assim é a nossa vida, vai seguindo.
Quais essas borboletas que vão indo,
O rumo é sempre a morte.
Não fossem suas asas coloridas,
Talvez elas passassem pela vida
Sem serem percebias.
Eu tenho medo de que amanhã me esqueçam,
E é por isso que eu quebro a cabeça
Fazendo essas poesias.