Desmantelo doce.
Enfim, senti sabor do beijo casto*
Lembrando o doce beijo que não dei**
Um beijo tão sonhado que nem sei
Divago na memória dos meus rastos
Guardo tanto desejo que desgasto
Quero neste sabor a nova lei
Sancionada no beijo deste rei
Insano sem caminho, pouso e pasto;
Que seja doce a sica deste fruto
Cujo sabor esteja, assim, maduro
Neste gosto morno, raro que apuro
Quando a boca percebe o beijo bruto
Guardado na surpresa do desejo
Que seja minha a boca no teu beijo.
Contribuição dos poetas: Fiore Carlos*
Paulo Camelo**
Desenvolvido a partir de dois versos da oficina de sonetos do Recanto.