Sobre pirilampos e mariposas.
Não vou te levar flores, noite escura;
Não vou te negar causa longa espera,
Esperam numa pausa o fado e a fera
Sangrando em rubras cores luzes duras.
Insuportáveis dores pedem cura
Se a paz busca quando a alma desespera;
O corpo pede calma. A primavera
Ressuscitara ardores e loucuras
Querendo ser também quem quer que seja,
Quis amor e algum bem, coisa pequena;
Que toda gente tem quando deseja
Ausência que seduz no seu perfume
Fiz da escuridão luz baldia, serena.
A dor, o nume, a cruz; um vago lume!