Poesias de Bolso 94 ( Um triste morfema )
Vestia o nu
Da noite enlutada
O susto da madrugada
Nos olhos de pedra
O pulso da vida
Nem quase artéria
Dormia o sono dos sujos
Estava ali o mendigo
Seu destino de morfema
E seus sonhos de pedidos
Já nem cachaça
Sequer comida
Mas rasgo de lua
Sob a nuvem úmida
Trazer o sol
Que a tudo aquece
E ajuda a esquecer
O que, meu Deus,
O quê?