APENAS LEMBRANÇAS
As gotas desenham sua face no espelho d’água
Assim como riscam na janela lágrimas das nuvens
Uma chuva fina relembra minha infância e saudade
nas nuvens inventivas sob a moldura dos sonhos.
Sinto o ar gelado e úmido da tarde chuvosa
Aperto meu peito dessa saudade solitária
Vez que ainda agora sorria alegremente
a criança que na minha frente dorme agora.
Perfaço os muitos anos de jornada festiva
Me alinhando no tempo e nas verdades
Quase durmo entregue a interrogação
Como se o mundo parasse para eu pensar.
“Dorme filhinho do meu coração”
Gostosa música... É tatuagem na memória
Tento eu guardar as notas em harmonia
Para cantar como solitário minha estória.