DIANTE DO ESPELHO
Já não me reconheço diante do espelho
Este implacável denunciador
Que insiste em me enquadrar
Nos falsos limites do calendário
Já não me reconheço diante do espelho
A minha cabeça não sintoniza o contar do tempo
O vigor das novas ligações neurônicas
Formulam a cada instante, mundos, sonhos, projetos
Já não me reconheço diante do espelho
Há um descompasso entre o tempo e o vento
A ventania da alma a cada dia mais vigorosa
Despe-se de todos os medos, tropeços, segredos.
Já não me reconheço diante do espelho
E desdenho implacavelmente dele
Querendo subjugar-me aos estreitos ditames da matéria.
Não, não. Já estou viajando na cauda de um tufão.
Já não me reconheço diante do espelho
Este implacável denunciador
Que insiste em me enquadrar
Nos falsos limites do calendário
Já não me reconheço diante do espelho
A minha cabeça não sintoniza o contar do tempo
O vigor das novas ligações neurônicas
Formulam a cada instante, mundos, sonhos, projetos
Já não me reconheço diante do espelho
Há um descompasso entre o tempo e o vento
A ventania da alma a cada dia mais vigorosa
Despe-se de todos os medos, tropeços, segredos.
Já não me reconheço diante do espelho
E desdenho implacavelmente dele
Querendo subjugar-me aos estreitos ditames da matéria.
Não, não. Já estou viajando na cauda de um tufão.