Nova Era
Não mais meu inferno molecular será negado,
e destruído, e amaldiçoado.
Pois a era do pescador é passado,
e toda a moral será renovada.
E por mais que as sinfonias passem,
e por mais que os exércitos marchem,
tudo o que vimos não morrerá:
o tempo é atemporal.
Então levemos nossos medos para a cama!
Exorcizemos demônios à meia-noite-meia-luz,
Um a um, até que quatro sejam seis, e seis sejam nove,
e o céu ruborize do que fizemos.
Vamos acordar a manhã,
e deixá-la furiosa com nossa indolência!
Vamos caminhar até ontem,
só para ser outubro outra vez!
E, quando cansarmos de nossa odisseia de ócio,
deitaremos-nos na relva,
e amaremos até não sermos,
até Fenris cuspir os ossos do velhote,
até Quixote achar seu dragão.