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DOMÍNIO...
No exercício do domínio do teu olhar,
sou mero mecanismo de reprodução.
Detalhe sem serventia. Objeto.
Lucro extraído da mais-valia.
E assim submissa e vencida
ajoelho-me, me entrego, peço perdão.
Tua riqueza é opulenta.
Minha miséria é indigente.
Mendiga teu amor inclemente
de domínio completo e cruel.
Em meu coração opresso,ínscio e louco
desvairados desejos e redobrada paixão.