MINHA DESPEDIDA
Quem dera, coração andasse solto
Das esferas humanas conduzidas
Em naves cobertas de lua cheia
E labirintos indecifráveis de ouro
Quem dera minha vida na ânsia poética
Valente em alma fria já em pneumonia
No imenso deserto de um tédio infindo
Marcando a conta-gotas o passo do dia
Quem dera Clarice/Shakespeare e Vinicius
Voltassem numa linda tenda de flores
Exalando cores e odores na epopéia
Quem dera minha criança na lembrança
Não emendasse a gramática curtas aulas
Em farto e reluzente já epitáfio vivido...
Luiza de Marillac Bessa Luna Michel www.desassossegoemversoscom.br