Agosto Negro
Agosto Negro
Um disparo ao peito.
Uma mancha na mente.
E nos olhos, a Luz da vida.
(nossa chama não se apaga agora Baby)
Um balão vermelho percorre o céu nublado.
Agosto negro.
Senti o vento correr por entre os meus dedos.
Uma história marcada por sangue, suor e sorrisos...
O vento corta-me a face,
E as lágrimas o peito.
O soluço dos medos, confundi-se com o sorriso da vida.
E o balão vermelho continua a sua sina,
continua o teu caminho só...
Acordei vivo!
Senti o sussurrar do Anjo.
Senti tuas asas me envolvendo.
Agosto negro.
Palavras não são necessárias, quando o meu silêncio não diz nada.
Morre uma estrela,
nasce mais uma flor.
Um circo mágico!
Um ciclo vuador!
E o balão vermelho, marca da dor ou do amor?
E nos meus olhos a Luz da vida se ofusca,
e ofuscado está este Agosto.
Agosto negro.
Roubei do palhaço bobo,
a essência do sorriso gélido.
E do vendedor de algodão doce,
o açúcar para adoçar o meu dia.
Agora esse menino que dá braçadas neste mundo,
encontra um balão vermelho, em um cinzento céu, de um Agosto negro.
As cores para viver, um Anjo amarelo mostrou-lhe...
Uma garota singela,
que salva-lhe a vida todos os dias.
Cura-lhe o peito,
Acende-lhe á Luz dos olhos...
E neste balão, circo ou mundo,
renasce um homem,
neste Negro Agosto.
Henrique Martins