AMOR DIVERSO, DIVERSIFICADO.

Sinto e tenho um amor coletivo

pela humanidade universal.

Tal qual Vandré que se alastrou

falando de amor, mas um amor dimensional...

e anda sumido neste mundo que cantou

o ser livre das algemas, dos galés

da exploração capital

das ditaduras dos bancos

e do poder irracional

que amalgama e confunde

dos "religiosismos" castradores

da ignorância imposta

da miséria analfabeta

dos que vivem nas encostas

sem parede pra encostar...

nas paisagens ressecadas pelas secas

sem esperança e em desespero

sua prole sem sorrir, exercício do chorar

sem direito a ter escola

pro mal da vida envergonhar

nem ter de vender o corpo

o então de se drogar...

O século 21 e a era de aquário

não resolvem o desamor

do amor só pelo amor

que desde sempre se espera

e então só resta o escapulário

o terço, e até o rosário

ou ainda a palavra bendita, maldita

dos pastores enganadores...

a se aproveitarem da desdita

da turba dos sofredores.

Que desengano, Deus, meu Senhor!

Que desesperança, Maria Santa Virgem,

tanto abismo, uma vertigem...

até quando a criançada

viverá desesperada nos desenganos da vida?

vai sofrer envez de amar

vai chorrar, jamais sorrir, sem guarida...

Antonio Fernando Peltier

Serrinha, 25/06/2009.

Antonio Fernando Peltier
Enviado por Antonio Fernando Peltier em 25/06/2009
Reeditado em 25/06/2009
Código do texto: T1667327
Classificação de conteúdo: seguro