Noite
Roendo as unhas
Nas ruas escuras
Qual lua se esconde
Sorrateira ao horizonte.
Passos leves, largos
Lagartos da noite
E a foice encapuzada
Qual se vê aos montes.
Caminho ao redor
De mim mesmo, sem cor
Com um gole de veneno
Até que esteja ameno.
Me vejo enquadrado
Comigo, lado a lado
E eis que me vem a manhã
Volto a ser mente sã.