Último!
Espelha sua vontade, como espelha tua vontade,
O silêncio preza uma pouca vontade, quase a acalma,
A tensão explícita qualquer vontade
Medo ou fuga, qualquer que seja uma ou outra,
O que tudo isso me espelha?
Tantas quantas as coisas, no, seus mínimos detalhes,
Uma vontade, um silêncio, uma tensão, o medo, a fuga,
Cria um olhar, uma fantasia,
Um sonho, graduado, coagulado,
Irreal, tal qual suas próprias conivências,
Retrocesso orgânico e mental
Pasteurizado pelas suas vontades
E aí, um último recurso,
O desespero
Que pobreza
Mas o que as pessoas poderiam fazer quando não se encontram mais
Só mesmo o desespero
Preocupação salta aos olhos,
Quando se nota nestas pessoas
O seu olhar baixo, taciturno,
Sintoma desse e de tantos outros
Que cada vez mais, lhe batem à cara,
Cara vida, coragem aflita,
Dessa vida, saturada vida, da vida da vida.
Peixão89
Falas Acesas - 1983