Guardem o açucareiro!

Mas não guardam

As formigas invadem

Rotineiras

Revezam

Certos dias pequenas,

nos outros as maiores

Invadem o doce

O branco alvo

São sempre tantas

Banquetes adocicados

Danadas são!

Guardem o açucareiro!

Repito

Todas as noites

Não guardam!

Nas manhãs

A rotina

Confiante espero

Ao levantar a tampa

Ver o branco

Mas qual o que!

Lá estão elas

Dezenas? Centenas!

Quantas!

Em segundos

Desaparecem

Que tipo de sintonia terão?

Vejo o branco

Prefiro sorver o líquido amargo

Completando a rotina

Repito

Não guardaram o açucareiro!

Rotina do descaso

Não guardam o açucareiro!

Sorvo amargor

Sem sintonia

Ana Maria Bruni
Enviado por Ana Maria Bruni em 24/06/2009
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