O APRENDIZ
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Oceano translúcido...
Janelas ocultando mistérios
Que só tua alma conhece...
Busco desvenda-los em vão.
Fascinado mergulho neste mar
Que dores destilam deles
Preciosas lágrimas
Delicadamente lavam tua face serena.
Que desejo não realizado te causa tanta dor?
Que palavras então selastes segredando-as?
Que pensamentos habitam tua mente
Quando descansa a cabeça em teu travesseiro?
Da gaiola do meu ser fascinado
Vejo teus olhos quando já não estás
Ouço tua vós quando não há palavras
Cantando o encanto que de ti flui.
Faltam letras para descrever
Tal qual és, cascata multicor.
Manso remanso que a canoa embala
Fera faminta que dilacera a presa.
Guarda a matéria prima do mais precioso mel
Digna do amor de Peri, de ser cantada como foi Iracema
Nem o grande enamorado a cantaria como és
Mero aprendiz que sou... como cantar-te em versos?