Arremesso
Não
meu verso não é secreto
Não guardei a chuva
sequer do meu manifesto
nem consumi a pastilha diária
de minha inquietação
Nem tampouco a sombra
daquele salto que quebrou
na esquina
onde descobri
que a paz não era verso solto
nem folha minha
Agora, ao invés da caixa
que me exila em metáfora assassina
quero nova recordAÇÃO
talvez aprender a dançar outra rima
outro passo
com os pés pra cima
Um pouco de sobressalto
que lamba o céu do asfalto...
conquistar outra linha
que sugue o meu pensamento
sem a retidão dos calos