Arremesso

Não

meu verso não é secreto

Não guardei a chuva

sequer do meu manifesto

nem consumi a pastilha diária

de minha inquietação

Nem tampouco a sombra

daquele salto que quebrou

na esquina

onde descobri

que a paz não era verso solto

nem folha minha

Agora, ao invés da caixa

que me exila em metáfora assassina

quero nova recordAÇÃO

talvez aprender a dançar outra rima

outro passo

com os pés pra cima

Um pouco de sobressalto

que lamba o céu do asfalto...

conquistar outra linha

que sugue o meu pensamento

sem a retidão dos calos

Izabella Gamellas
Enviado por Izabella Gamellas em 31/05/2006
Reeditado em 31/05/2006
Código do texto: T166466