A dor do poeta

A dor é o combustível do poeta

Se o amor “vai-bem-obrigado”

Se tudo der certo

Não tem rima nem verso

É um livro apagado

É o avesso, o obscuro

É o cinza e o denso

Que me faz imergir

E achar em mim

O verso mais puro

Venho à tona e fico atento

Aí, sim

Que sento

Escrevo

E invento