Quando as palavras têm fome...
Quando as palavras têm fome o vejo tão dilacerado. Embora sem fôlego um inepto para as narrativas, diante de umas folhas em branco, ofende páginas e mais páginas.
Esses que da margem o através de frestas espiam estão chocados. Vai entrelaçando os verbos de amar com medo, os vocábulos tremem em pânico, o texto acorda o óbvio e uns trinados...
Um da sombra em desespero grita: junto ao público leitor nos desqualifica, quando ossos e a carne do silêncio sucumbiram a tal improviso?
De quem escreve a voz do discurso na orgia escuto rouco. Sou eu quem denuncia e insisto: é um escândalo esse alarido e a tessitura do texto dilacera até o escutar de um bruto...
As cigarras do insólito consultam um mar de legendas. A quem chamar para desvendar da fábula tão falso personado?
As palavras vêm dos dedos, todos sabem e a escrita de diVersos é mais sólida que um delírio.
No entanto a criatura deste imbróglio quer performance e enquanto brinca com uns pedaços de absurdos, que fogem as presas, vai pensando ser um gênio e se lambe aqueles dedos...