Sob olhares atrevidos...

Sob olhares atrevidos

Passadas numa rua qualquer

Olhares são recantos, sempre se volta

Abri a janela para escutar um rock

O coração assaltado, vagas na tarde

Textos mal-escritos sobre a mesa

Restos, o que me interessa

Naves profundas riscam a noite

Outros olhares descortinados

Fechei a janela para sentir Mercedes Sosa

O deserto me fala, La Luna

Que no amargo da solidão agita-se

Luzes e florais, ondas ao vento

Jardim e postais cruzando os mares

Afagos on line para estas cantatas

O verso que sobra, um tom que sobressalta

Papéis furtivos na mesa de um bar

Feito só, estancado, mísero

Um breve retorno, novos trilhos

Ah! essa guarânia que me toca

Olhos verdes, sorrisos afeitos

Anos que vão passando, outra passagem

A janela olha o canto e rescende

Outra luz, beijos na porta.

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 12/05/2005
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