GAROA

Esse frio desde cedo, desde ontem,
desde sempre...gela os ossos a doer.
O cinza por sobre o sol,
neblina constante e densa;
a cidade encantada, adormecida,
desabitada de vida aparente.

Névoas correm com o vento;
trocam de lugar, mas não se dispersam,
em seu passeio, sobre os contornos
difusos de uma ou outra cor,
mas, logo retoma o oculto,
que à visão desconforta, quase desolação.

Adivinha-se em segredo,
cada vida ali presente,
resguardada pela névoa.

Gotas delicadas, pequenas
carícias leves, geladas,
descem suavemente do céu.


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