a realidade da massa
Cercados deste insensato conceito de realidade
Movido a calos e emprego de verbos sem dignidade.
Amordaçado...
Recheado de palavras programadas
Acariciado...
Pela certeza de estar errando bem,
Atado...
Pernas e braços imensos e velozes.
Confinados num espaço delimitado pelos padrões insertos do que é certo no momento
Dopado... Á frivolidades vazias
Imagens alucinógenas; tamanquinhos, canteiros muito sexo e dinheiro
Curtido...
Como um fígado cozido de cirrose,
Embriagado deste mórbido caminho inconsciente,
Sempre atrasados e doentes,
Somos parte da uma raça dominante e descontente,
Tanto ouro que temos agora sem valor,
Decorrente de uma imoral inflação emocional.
Marcados...
Temos nos rostos, nas mãos e nos bolsos,
A vergonha da nobreza,
O que escorre pelo corpo vale ouro que enriquece á poucos,
Mas a paga é o desprezo.
Perdidos às vezes...
Quando há duvidas, sobre a verdade divina
Sozinhos sempre,
Que com o amor, a verdade não combina.