SOL

Astro-Rei de todas as magnitudes,

Aponta sereno anunciando novo dia.

Se ergue preguiçoso tal criança que acorda.

Toma rumo, vai se erguendo devagar e sem pressa,

Espalha raios em horizontes que vão se ampliando,

E os orvalhos da madrugada fria se dissipam

Cenários magníficos vão surgindo na caminhada,

As matas revelam seus carismas deslumbrantes,

Mostrando pássaros cantantes em euforias,

E animais ligeiros que buscam seus espaços.

Cachoeiras esplendoras que lançam seus desafios,

Despencam em transe suas belezas estonteantes.

É o sublime encantador das flores que desabrocham,

Pois na noite estiveram dormentes quase em sonolência,

Tiritando de frio pela madrugada muito gelada,

E ao receberem o calor aconchegante que desperta,

Suas pétalas se abrem em sorrisos como uma criança,

Expelindo no ar todos seus perfumes extasiantes.

Peregrino do mundo que busca todos os caminhos,

Percorre florestas exuberantes que o saudam,

E as chuvas que são precursoras das abundâncias,

Vão se aglutinando para mais tarde despencarem em transe,

Molhando a terra ressequida sedenta de água,

Dando vida às plantas que necessitam ter vitalidades.

Visita áreas desérticas ensolaradas e sem vida,

Sómente a areia escaldante que nem flores acolhe,

E fica triste por percorrer cenários que nem olha,

Pois sendo protagonista de todas as vitalidades,

Não quer ser parceiro das maldades humanas,

Que transformam em desertos áreas antes férteis.

Vai chegando ao fim sua longa caminhada,

Ao longe avista os montes onde vai repousar seu cansaço,

Mas antes que possa tombar sereno para o justo descanso,

Adquire tom avermelhado para preparar todos os suspenses,

E em despedida pincela as nuvens de cores extasiantes,

No entardecer sereno que os enamorados contemplam e se beijam.

Jairo Valio

21-06-2009