Foto autorizada - Paulo Frexino: blogue-diario.blogspot.com
Dobre de outono
Quando a relva o solo cobrir
e a chuva me embaçar as lentes,
terás partido daqui...
De novo serás nascente.
Invertes, ó destino, a sorte,
- nunca, nunca, previdente -,
deixas para trás o fruto
levando a árvore à frente.
Por que te vejo agora
no mistério mar de gente,
quantas faces rumo afora
terão teu riso contente?
Erma estrada em que teu vulto
desfaz-se rapidamente.
Ecoam na tarde os sinos...
Dobram frutos e sementes.