Passou rápido

Ó prudente coração,

esse sol que bebe brasas,

ceda a poucos,

beije muitas,

ame a tantas!

Dê a elas restos de beijos,

sobejos de amor, taras escondidas,

quando o último desejo morrer desamado.

Dentro desse sol eu moro,

sozinho e inglório,

como este instante o é!

Ó prudente coração, esqueça tudo,

e tudo muda e eu também mudo,

pois acabei agorinha de ser triste.