A vida nem sempre é o que se espera

Nos meus tempos de menina

Construí sonhos, Idealizei momentos,

Determinei caminhos e projetei direções.

Coloquei-me como sentinela do destino

A espera do meu tempo de glória,

Alimentava-me da garra de vencer,

Incansáveis buscas, grandes anseios

E nem sentia os tropeços, as barreiras

Pela dimensão da aspiração da vida

Vieram as batalhas, muitas e muitas,

Intermináveis formas de transformação

Próprias da sobrevivência humana,

Que marcaram e enumeraram épocas.

Sonhos se curvaram diante do inusitado

E deram lugar as cicatrizes das feridas

Da alma, dos erros cometidos e sofridos.

Já não possuo só sorriso cativante,

Nem olhar de esplendor ao colorido,

Nem mesmo por vislumbrar minutos.

Há o deslizar de lágrimas, de desgosto

Da paz esperada e não encontrada

Da decepção desumana presenciada

De amores perdidos, da solidão vivida

Embora tenha ficado heranças positivas,

Poucas diante da imensidão do mundo

É aí que vem o despertar, a utopia

A vida não é so que se busca e espera,

É o que se vive, na totalidade de viver.

O duro é ter a consciência de que não

Podemos voltar viver tudo de novo.

TeteCrispim

Tete Crispim
Enviado por Tete Crispim em 19/06/2009
Reeditado em 20/06/2009
Código do texto: T1657752
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