Porque gosto muito de mim...
Sempre escrevo
Sobre o que
Não vivo
Nunca
Sobre o que vivo
Sempre sou
O que
Ficou
Pra trás
Sempre sou
Um pobre rapaz
Minha alma lavada
Seca ao sol
Dependurada no varal
Não sou
O dono da poesia
Sou o operário dela
Saio do eixo
Às vezes
Como o trem
Dos trilhos
E o brilho
Que em meus
Olhos brilham
Vêm do sol
E o sal
Do mar
Das lágrimas
Que choro
Vêm do fundo
Das minhas emoções
Mais profundas
Onde moram
O amor
A esperança
A criança
Que existe
Em mim
A fé no Divino
E a crença
No ser humano
Sendo assim
Só sou assim
Porque gosto
Muito de mim
ABittar
poetadosgrilos