Lágrimas incompreendidas
Não sei como dizer,as lágrimas caem
Os olhos falam mais que a boca
E também molham mais que a boca.
Não sei explicar,qualquer palavra fútil
Que atirada com força,dói como flecha
Quando bate de frente,derretendo a pele,
Dói muito,lentamente.
Não existe o porque,nem para dizer porquê
Essa dor desatina sem se ver,
Sem se ver a olho nú,
Porque,muito de perto sente-se doer.
Parece besteira,parece faltar-te a mamadeira,
Mas é de verdade,quando dói existe,
Quando chora não há maldade,
Desculpe-me se no meu passado
Não houve tanta felicidade.
Queria dizer,
Mas falei tudo errado,
Tudo ao contrário,
Não entenderam o meu recado,
Porque a emoção fala antes,
Já perdi minha razão,insana,delirante,
As esperanças são o meu chão.
Muito menos sei o porque
As palavras me doem tanto,
Muitas vezes devoram o que
Resta de mim.
Será que aqui tem mesmo espaço
Para uma criança impulsiva,
Que fala antes de pensar e
Que chora antes de falar?