Lágrimas incompreendidas

Não sei como dizer,as lágrimas caem

Os olhos falam mais que a boca

E também molham mais que a boca.

Não sei explicar,qualquer palavra fútil

Que atirada com força,dói como flecha

Quando bate de frente,derretendo a pele,

Dói muito,lentamente.

Não existe o porque,nem para dizer porquê

Essa dor desatina sem se ver,

Sem se ver a olho nú,

Porque,muito de perto sente-se doer.

Parece besteira,parece faltar-te a mamadeira,

Mas é de verdade,quando dói existe,

Quando chora não há maldade,

Desculpe-me se no meu passado

Não houve tanta felicidade.

Queria dizer,

Mas falei tudo errado,

Tudo ao contrário,

Não entenderam o meu recado,

Porque a emoção fala antes,

Já perdi minha razão,insana,delirante,

As esperanças são o meu chão.

Muito menos sei o porque

As palavras me doem tanto,

Muitas vezes devoram o que

Resta de mim.

Será que aqui tem mesmo espaço

Para uma criança impulsiva,

Que fala antes de pensar e

Que chora antes de falar?

Ligia Albarracin
Enviado por Ligia Albarracin em 19/06/2009
Reeditado em 19/06/2009
Código do texto: T1657331
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