Inverno
Como faz frio! Essa relação amorosa com o frio e com a umidade antiga, entranhada, envolve as sensações do corpo e do ambiente. Alterna situações opostas,
lavradas na carne e no espírito. Viver em São Paulo, numa região de montes e vales sempre foi uma experiência transcendente. O mundo podia ser claramente dividido em duas partes. O primeiro era o mundo do frio, do vento, do sereno, da neblina, da chuva, do orvalho... Não há como descrever a sensação causada por uma manhã de densa neblina: caminhar sem enxergar nada adiante. É preciso conhecer o trajeto e contar com a memória: aprender a confiança; é viver na carne a sensação de frio, de algo que invade, penetra, dói: aprender a carência de afeto; é maravilhar-se quando finalmente os primeiros raios de sol varam a poeira branca e vêm nos aquecer: aprender a esperança.
Quanto de fascínio nos ambientes fechados dos cafés, lanchonetes e restaurantes, constantemente úmidos, mas quentes, onde cheiros variados e aromáticos de café, chocolate e salgados, misturam-se a outros tantos cheiros de pessoas, dos agasalhos que acabaram de sair do armário, das respirações, dos cabelos, das colônias, O vapor que escapa da cafeteira prende a imaginação que ascende; a agradável viagem da bebida quente até o estômago, o bem estar resultante, integrado e real.
A sensação mais forte, contudo, é a de estar no ambiente doméstico fechado, em casa, com amigos, parentes. Além do odor do café, chá ou chocolate, dos bolinhos de chuva com açúcar e canela, da mandioca cozida soltando vapor, do mingau de aveia, da canja fumegante, o conforto do calor humano, o riso, as conversas intermináveis...
Inverno
Como faz frio! Essa relação amorosa com o frio
e com a umidade antiga, entranhada
envolve as sensações do corpo
e do ambiente. Alterna situações opostas,
lavradas na carne e no espírito.
Viver em São Paulo, numa região de montes e vales
sempre foi uma experiência transcendente.
O mundo podia ser claramente dividido em duas partes.
O primeiro era o mundo do frio, do vento,
do sereno, da neblina, da chuva, do orvalho...
Não há como descrever a sensação
causada por uma manhã de densa neblina:
caminhar sem enxergar nada adiante.
É preciso conhecer o trajeto e contar com a memória:
aprender a confiança;
é viver na carne a sensação de frio, de algo que invade, penetra, dói:
aprender a carência de afeto;
é maravilhar-se quando finalmente os primeiros raios de sol varam a poeira branca
e vêm nos aquecer: aprender a esperança.
Quanto de fascínio nos ambientes fechados
dos cafés, lanchonetes e restaurantes,
constantemente úmidos, mas quentes, onde cheiros
variados e aromáticos de café, chocolate e salgados,
misturam-se a outros tantos cheiros de pessoas,
dos agasalhos que acabaram de sair do armário,
das respirações, dos cabelos, das colônias,
O vapor que escapa da cafeteira
prende a imaginação que ascende;
a agradável viagem da bebida quente até o estômago,
o bem estar resultante, integrado e real.
A sensação mais forte, contudo,
é a de estar no ambiente doméstico fechado,
em casa, com amigos, parentes.
Além do odor do café, chá ou chocolate,
dos bolinhos de chuva com açúcar e canela,
da mandioca cozida soltando vapor,
do mingau de aveia, da canja fumegante,
o conforto do calor humano,
o riso, as conversas intermináveis...
nilzaazzi.blogspot.com.br
Como faz frio! Essa relação amorosa com o frio e com a umidade antiga, entranhada, envolve as sensações do corpo e do ambiente. Alterna situações opostas,
lavradas na carne e no espírito. Viver em São Paulo, numa região de montes e vales sempre foi uma experiência transcendente. O mundo podia ser claramente dividido em duas partes. O primeiro era o mundo do frio, do vento, do sereno, da neblina, da chuva, do orvalho... Não há como descrever a sensação causada por uma manhã de densa neblina: caminhar sem enxergar nada adiante. É preciso conhecer o trajeto e contar com a memória: aprender a confiança; é viver na carne a sensação de frio, de algo que invade, penetra, dói: aprender a carência de afeto; é maravilhar-se quando finalmente os primeiros raios de sol varam a poeira branca e vêm nos aquecer: aprender a esperança.
Quanto de fascínio nos ambientes fechados dos cafés, lanchonetes e restaurantes, constantemente úmidos, mas quentes, onde cheiros variados e aromáticos de café, chocolate e salgados, misturam-se a outros tantos cheiros de pessoas, dos agasalhos que acabaram de sair do armário, das respirações, dos cabelos, das colônias, O vapor que escapa da cafeteira prende a imaginação que ascende; a agradável viagem da bebida quente até o estômago, o bem estar resultante, integrado e real.
A sensação mais forte, contudo, é a de estar no ambiente doméstico fechado, em casa, com amigos, parentes. Além do odor do café, chá ou chocolate, dos bolinhos de chuva com açúcar e canela, da mandioca cozida soltando vapor, do mingau de aveia, da canja fumegante, o conforto do calor humano, o riso, as conversas intermináveis...
Inverno
Como faz frio! Essa relação amorosa com o frio
e com a umidade antiga, entranhada
envolve as sensações do corpo
e do ambiente. Alterna situações opostas,
lavradas na carne e no espírito.
Viver em São Paulo, numa região de montes e vales
sempre foi uma experiência transcendente.
O mundo podia ser claramente dividido em duas partes.
O primeiro era o mundo do frio, do vento,
do sereno, da neblina, da chuva, do orvalho...
Não há como descrever a sensação
causada por uma manhã de densa neblina:
caminhar sem enxergar nada adiante.
É preciso conhecer o trajeto e contar com a memória:
aprender a confiança;
é viver na carne a sensação de frio, de algo que invade, penetra, dói:
aprender a carência de afeto;
é maravilhar-se quando finalmente os primeiros raios de sol varam a poeira branca
e vêm nos aquecer: aprender a esperança.
Quanto de fascínio nos ambientes fechados
dos cafés, lanchonetes e restaurantes,
constantemente úmidos, mas quentes, onde cheiros
variados e aromáticos de café, chocolate e salgados,
misturam-se a outros tantos cheiros de pessoas,
dos agasalhos que acabaram de sair do armário,
das respirações, dos cabelos, das colônias,
O vapor que escapa da cafeteira
prende a imaginação que ascende;
a agradável viagem da bebida quente até o estômago,
o bem estar resultante, integrado e real.
A sensação mais forte, contudo,
é a de estar no ambiente doméstico fechado,
em casa, com amigos, parentes.
Além do odor do café, chá ou chocolate,
dos bolinhos de chuva com açúcar e canela,
da mandioca cozida soltando vapor,
do mingau de aveia, da canja fumegante,
o conforto do calor humano,
o riso, as conversas intermináveis...
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